Estudo: Importância do Dia Internacional da Mulher 2018
Todo dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher. Em lembrança dos movimentos a favor dos direitos da mulher no início do século XX na Europa e nos Estados Unidos, ele já faz parte das datas comemorativos há muitos anos. Mas como as brasileiras enxergam esse dia hoje, qual é a importância dele? Será que elas ainda enfrentam desvantagens por não serem homens?
Para responder essas questões, o Trocando Fraldas realizou um estudo com mais de 14 mil usuárias do seu portal em todo Brasil entre os dias 05 e 12 de fevereiro 2018 por meio de uma enquete. As mulheres a responderam de forma livre e espontânea, indicando também sua faixa de idade e seu local de moradia para possibilitar comparações regionais.
Perguntas
As seguintes perguntas foram postas:
- Para você, a data 8 de março possui significado?
- Sabe por que a data foi instaurada como Dia Internacional da Mulher?
- Você acha que o feminismo é necessário?
- Você se considera feminista?
- Já sofreu algum tipo de violência por ser mulher?
- Qual tipo sofreu?
- já participou de algum movimento em prol das mulheres?
- Já se sentiu em algum momento em desvantagem por ser mulher?
- Você acha que a situação das mulheres vai melhorar no futuro?
Resultados
Para fins de comparação entre regiões, estados e capitais, as respostas às perguntas afirmativas foram convertidas em números, 1 para “Sim” e 0 para “Não”. Dessa forma foi possível calcular médias que são base de diversos gráficos e rankings dos resultados abaixo.
Importância do Dia
- Para 69% das brasileiras o Dia Internacional da Mulher possui significado
- Entre mães com filhos, esse valor sobre para 72% e chega a 85% para as acima de 50 anos
- Na região Sudeste apenas 68% vêem importância enquanto 74% das nordestinas acham isso
- No Maranhão, Roraima, 4 em cada 5 moradoras enxergam algo significativo para si no dia
- No Acre, Goiás e no Distrito Federal são menos de dois terços
- Boa Vista e São Luís lideram o ranking com 82% e 80 enquanto somente 60% e 63% em Goiânia e Vitória acham a data importante
Conhecimento da Origem
- 4 em cada 9 mulheres desconhecem a origem do movimento a favor dos direitos femininos
- A menor taxa de conhecimentos está entre as mulheres mais novas entre 18 e 24 anos com apenas 53%, a maior nas acima de 50 com 73%
- Na região Centro-Oeste, o índice chega a 60% enquanto no Sudeste alcança apenas 53%
- No Rio Grande do Norte, Amapá, Espírito Santo e Rio de Janeiro apenas metade sabe do motivo original
- No Maranhão e Amazonas, essa taxa chega a quase 2/3
- São Luís lidera as capitais com 77% de conhecimento da origem
- Por outro lado, as moradoras das capitais do Sudeste desconhecem mais que média brasileira a história por trás da data
Você acha que
o feminismo
é necessário?
Feminismo em 2018
- 58% acham o feminismo necessário, mas apenas 41% se consideram feministas
- A necessidade do feminismo é mais reconhecida entre mulheres jovens (18 a 24 anos) e velhas (acima de 50 anos) e menor com 53% entre 30 e 39 anos
- A maioria das feministas auto-declaradas se encontra na faixa entre 40 e 44 com 47%
- O posicionamento independe do fato se tem filho ou não
- Tanto o reconhecimento da necessidade do feminismo é maior no Nordeste com 64% quanto à atitude porque quase metade das nordestinas se considera
- No Centro-Oeste apenas 53% enxergam a necessidade e apenas 36% se julgam feministas
- Em Alagoas e Sergipe, mais de dois terços acha que o feminismo é necessário e unicamente na Paraíba mais da metade das mulheres é feminista
- No Distrito Federal e em Roraima, menos da metade vê necessidade e apenas 3 em cada 10 mulheres se aderem ao feminismo
- Em Salvador quase 3/4 avaliam necessário, mas apenas 53% se consideram integrante e Palmas é a capital das feministas com 67%
- Em Goiânia apenas 3 em cada 10 mulheres se consideram feministas
Violência por Ser Mulher
- 31% das mulheres já sofreram violência por causa do seu sexo
- A faixa etária entre 40 e 44 anos é mais afetada com 35%, enquanto somente 1 em cada 4 das mulheres mais velhas vivenciaram essa experiência desagradável
- Mãe são mais prováveis de serem alvos do que mulheres sem filhos
- A violência é presente de forma uniforme em todas as regiões do Brasil
- Mulheres no Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Tocantins e Santa Catarina mais já vivenciaram violência por ser mulher (acima de 35%)
- Em Sergipe, Mato Grosso e na Paraíba, ela afeta 1 em cada 4 mulheres (menor valor)
- Palmas, Florianópolis e Salvador são as capitais mais violentas contra mulheres e Belo Horizonte, Manaus e Aracajú as menos
- O tipo de violência mais comum é a moral que 3 em cada 5 mulheres viveram seguido pela física e sexual com 32% respectivamente
Ranking da Violência contra a Mulher entre Capitais | |
---|---|
1. | Palmas |
2. | Florianópolis |
3. | Salvador |
4. | Rio Branco |
5. | Porto Alegre |
6. | São Luís |
7. | Brasília |
8. | Vitória |
9. | Recife |
10. | Belém |
11. | Curitiba |
12. | Teresina |
13. | Natal |
14. | João Pessoa |
15. | Boa Vista |
16. | Fortaleza |
17. | Rio de Janeiro |
18. | Campo Grande |
19. | Cuiabá |
20. | São Paulo |
21. | Porto Velho |
22. | Goiânia |
23. | Maceió |
24. | Macapá |
25. | Manaus |
26. | Aracajú |
27. | Belo Horizonte |
Participação em Movimentos
- 20% das mulheres já se engajaram em algum movimento em prol das mulheres
- O engajamento é maior acima dos 45 anos com mais de 35% e menor na faixa de 25 a 29 anos com apenas 17%
- Mães e não mães se engajam igualmente
- O esforço das mulheres é maior no Nordeste (24%) e menor no Sul e Sudeste (16%)
- Maranhão, Piauí e Amapá têm as mulheres mais envolvidas em movimentos com 27% a 30%
- Em Tocantins (12%), Rondônia, Paraná e São Paulo (todos 15%), o engajamento é menor
- Enquanto em São Luís, Teresina e Cuiabá, 1 em cada 3 mulheres já participou de algum movimento em prol da própria causa, foram apenas 15% ou menos em Porto Velho, Palmas, São Paulo ou Porto Alegre
Desvantagens por Ser Mulher e Futuro
- Mais da metade (56%) das brasileiras já se sentiu em desvantagem devido ao seu gênero, independente da sua idade, região de moradia ou situação maternal
- Mais de 3 em cada 5 mulheres já passaram por situação de discriminação feminina no Rio Grande do Sul, Tocantins, Distrito Federal e Maranhão
- Só metade fez essa experiência em Mato Grosso, Amapá e Alagoas
- Palmas é a capital onde mais se tem desvantagem por ser mulher com 75% seguido por Brasília e Campo Grande (62%)
- Em Boa Vista, Teresina e Cuiabá, um pouco menos da metade das mulheres já se sujeitou a uma situação desvantajosa por ser mulher
- A grande maioria de 79% das brasileiras enxerga de forma otimista o futuro das mulheres no país independente da idade
- O otimismo é maior no Norte com 83% liderado pelo Amapá, Pará e Rondônia e menor em Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro (78%)
- Macapá, Belém e Natal (88%) são as capitais mais otimistas quanto às mulheres e Belo Horizonte, Curitiba e Recife (75%) as menos