É muito comum escutarmos falar sobre a diabetes, afinal é uma doença que vem atingindo cada dia mais pessoas por todo o mundo, entre crianças, jovens e adultos. Segundo pesquisas da Organização Mundial de Saúde (OMS) foram registrados em média 422 milhões de pessoas diabéticas por todo mundo. Só no Brasil, uma breve pesquisa da OMS em parceria com o IBGE, registrou 13 milhões de brasileiros diabéticos. Porém, o que grande maioria das pessoas desconhecem, é que a diabetes é dividida em vários tipos e pode apresentar sintomas diferentes assim como o tratamento necessário ser diferenciado e também os riscos.
Pouco se escuta falar sobre o nome diabetes mellitus, por isso vamos esclarecer do que se trata por trazer muitas dúvidas. A diabetes mellitus na verdade é nada mais, nada menos que a diabetes em si, podemos classificar como “a origem” ou o nome cientifico utilizado. A diabetes mellitus é caracterizada pelo aumento e descontrole da glicose no sangue, nomeada como hiperglicemia.
O que é a Diabetes?
Pode ocorrer por dois motivos: por problemas na produção da insulina ou devido à resistência do organismo com a insulina, ambos produzidos pelo pâncreas, também nomeado como células beta. A principal função da insulina no organismo é de permitir a entrada da glicose nas células do organismo e dessa forma ser aproveitada e administrada pelo funcionamento corporal, inclusive na transformação de energia. Com sua função alterada se resulta em um acumulo da glicose no sangue resultando na hiperglicemia.
Tipos de Diabetes Mellitus
Já entendemos do que se trata a diabetes mellitus, mas como citamos, ela pode ocorrer por dois motivos e também por alguns fatores de saúde do paciente. Quando falamos de diabetes, automaticamente relacionamentos ao problema no pâncreas e no controle da glicose do corpo, mas é necessário sabermos que ela se divide em tipos, o que determina sua gravidade, seu tratamento diferenciado e até mesmo os sintomas que o paciente sente quando é portador dela.
Diabetes Tipo 1 (DM 1 )
Considerada o tipo de diabetes que atinge um menor número de pacientes pelo mundo. A diabetes DM 1, se manifesta principalmente na infância ou na adolescência, mas não é isenta a chance de ocorrer na fase adulta também. Neste tipo de diabetes, o pâncreas não consegue produzir a quantidade de insulina necessária para o organismo ou simplesmente não produz nada. Isso ocorre porque as células betas que são as responsáveis pela produção da insulina no corpo estão sendo destruídas sem chance de reversão.
Neste caso, é necessário que o paciente receba doses injetáveis de insulina para conseguir controlar a glicemia, além de claro, seguir uma alimentação saudável e balanceada e ainda praticar exercícios físicos para garantir o controle e uma vida saudável ao paciente. Sua causa está relacionada a herança genética em conjunto com fatores externos, como infecções virais que podem vir afetar o funcionamento do corpo.
Sintomas da Diabetes Tipo 1 DM 1
Normalmente, a diabetes é diagnosticada através do exame de glicemia em jejum, onde é analisado a quantidade de glicemia no sangue. Mas, mesmo antes de diagnosticar é possível observar alguns sintomas bem evidentes que o corpo fornece de que algo de diferente está acontecendo, por isso, fique atento aos sinais.
- Aumento da vontade de urinar;
- Sede constante;
- Fome constante;
- Fadiga;
- Alterações no humor;
Outros sinais que são observados em quadros de pacientes com diabetes tipo 1 DM 1 é a perda de peso excessiva e rápida, mesmo comendo muito e com uma dieta super calórica. Crises de nervosismo e também náuseas e vômitos sem explicação. Esses sintomas costumam ocorrer de forma evidente o que facilita o diagnóstico. Porém, em caso de diagnóstico tardio, as células do corpo como não possuem a glicose necessária para gastar na energia corporal, começa a utilizar a gordura e músculos para gerar energia. Quando chega nesse estágio, corpos cetônicos são produzidos e entram em contato com a corrente sanguínea, ocasionando uma cetoacidose diabética química, agravando o caso do paciente e levando ao coma.
Diabetes Tipo 2 (DM 2)
Considerado o tipo de diabetes mais comum, a diabetes tipo 2 (DM 2), pode afetar pessoas de qualquer faixa etária, mas sendo mais comum em adultos acima de 40 anos de idade e com quadros de obesidade e sedentarismo. Neste tipo de diabetes, o pâncreas continua funcionando normalmente e produzindo a insulina, mas o organismo é alterado e as células se tornam resistentes a sua ação. Mas existem também os casos, onde o pâncreas não consegue produzir a insulina suficiente para suprir as necessidades do corpo.
O exame que diagnóstica a diabetes tipo 2 DM 2 é a de glicemia de jejum, onde é verificado os níveis de glicemia no sangue e o de hemoglobina glicada (HbA1C), que é a fração da hemoglobina ou proteína encontrada dentro do glóbulo vermelho que tem ligação a glicose. Neste exame é possível verificar as alterações de pelo menos 90 dias antes do exame, isso porque este é o período de vida das hemácias, onde as hemoglobinas vão incorporando a glicose e mostrando a alteração do açúcar no sangue.
Se as taxas estiverem alteradas, no exame de hemoglobina glicada mostrará uma média das concentrações da hemoglobina no sangue no último período, indicando se tem a diabetes tipo 2 ou não. Os valores de referências são:
- Pessoas saudáveis: entre 4.5% e 5.7%;
- Pacientes diagnosticados com diabetes já controlada: abaixo de 7%;
- Valores anormais no limite: 5.8% e 6.4%;
- Diabético: maior ou igual a 6.5%
Nesse tipo de diabetes, não é indicado em todos os casos o uso da insulina para controlar, mas mudanças de hábitos importantes para controlar a diabetes e o paciente conseguir ter uma vida saudável e normal. A prática de exercícios físicos ao menos 3x na semana é o primeiro da lista e considerado essencial ao tratamento. Através dos exercícios físicos é possível controlar os níveis de açúcar no sangue, assim como atuar no emagrecimento.
A alimentação deve ser limitada ao consumo de carboidratos como pães e massas e doces em geral, por possuírem alto índice glicêmico. É necessário consumir uma alimentação balanceada e priorizando o consumo de verduras, vegetais e frutas. Maneirar no consumo de bebidas alcoólicas, corte o cigarro e controle o stress. O tratamento da diabetes tipo 2 DM 2, é um conjunto de fatores e cuidados que levarão o paciente a conseguir controlar os níveis glicêmicos. O ideal é fazer um acompanhamento especializado e se necessário, ajustar ao uso de medicamentos ou insulina recomendado pelo médico.
Diabetes Mellitus Afeta a Fertilidade?
Dentre as ocorrências que a diabetes podem afetar na vida de homem e mulher, a fertilidade infelizmente está na lista. A falta de tratamento e do controle adequado da doença pode acarretar diversos outros problemas na saúde e na vida do paciente. Alguns podem não levar a sério o tratamento, até saber que podem ficar impotentes e só assim, entenderem a importância do tratamento.
A diabetes está relacionada a diversas alterações do organismo, incluindo cardiovasculares e psicológicas e com isso, o sistema reprodutor também pode ser atingido. Quando descontrolada a diabetes, pacientes apresentam diminuição na libido e disfunção orgásmica, proporcionando até mesmo uma disfunção erétil. Foi observado também em alguns casos, a ocorrência de ejaculação retrógrada, onde o esperma invés de sair pela uretra é direcionado para a bexiga. No caso das mulheres, as disfunções afetam a parte hormonal, aumentando as chances de aborto espontâneo e maior dificuldade na concepção.
Mas todas essas questões podem ser prevenidas com o controle adequado da diabetes e com o paciente seguindo as instruções de cuidados para ter uma vida mais saudável. Se deseja engravidar, com a diabetes devidamente controlada, você pode começar a dar uma forcinha extra para sua fertilidade.
Dica Importante: Casais que tem ou não diabetes, podem e devem consumir vitaminas que ajudem na boa formação do embrião. É o caso das vitaminas para fertilidade da Famivita. Você pode conhecer mais sobre elas aqui.
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Foto: stanias